sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Hagar Espanha Gomes, O IBBD e os serviços bibliográficos brasileiros










Até 1954 faltava no Brasil uma organização bibliográfica mínima que fosse, ou mesmo uma coordenação. As atividades até então existentes ou não visavam um alcance nacional ou vicejavam em serviços inadequados ou existiam, ainda, como decorrência de ação pessoal de seus responsáveis. Apesar da existência de um órgão como a Biblioteca Nacional, enfrentava ela problemas internos que não lhe permitiam exercer o papel coordenador daquelas tarefas ou, mesmo, executor de outras.

O panorama, à época, reduzia-se, pois, 1) a existência de catálogos de periódicos em São Paulo, com caráter regional, criados que foram na década de 40, quando as dificuldades de obtenção de cópias nos Estados Unidos principalmente, eram agravadas pela guerra. Aquele Estado, pioneiro no movimento de revolução biblioteconômica, nunca almejou transformar-se em serviço nacional, talvez pelo fato de estar ligado a uma Universidade estadual. Se tivesse tentado, por certo seria vitorioso. (...)

In Fichero Bibliográfico Hispanoamericano, v. 12, septiembre 1973. Número especial: “El libro em Brasil”. Buenos Aires: Bowker Editores Argentina S.A., p. 24-28.

Para ler o texto completo, acesse:
http://picasaweb.google.com.br/anibalbraganca/OIBBDEOsServiOsBibliogrFicosBrasileirosHagarEspanhaGomes

O registro e a indicação que fazemos deste artigo de Hagar Espanha Gomes, presidente, à época, do hoje extinto Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD), têm suas razões: a primeira é que se trata de texto relevante publicado em periódico estrangeiro, em papel, hoje certamente de difícil acesso, após mais de três décadas, o que nos fez pensar na pertinência de o recolocar em circulação, agora aproveitando os recursos do mundo virtual, visando a sua eventual utilidade para os pesquisadores da história da bibliografia e da ciência da informação brasileiras. Há, decerto, também interesse para os estudiosos da história do livro e das políticas públicas na área.

Em segundo lugar, mas não menos importante: fazer singela homenagem a uma das maiores bibliotecárias brasileiras, cuja trajetória profissional dignifica e eleva o campo da Bibliotecnomia e da Ciência da Informação no país, e que, com uma já longa e sólida folha de serviços prestados, na universidade e fora dela, continua atuante como consultora independente e como livre-docente, certamente como referência para todos os profissionais da área. Pessoalmente, meu respeito, minha admiração e minha estima por Hagar sempre estiveram no máximo patamar. Salve Hagar, a cujo estímulo e amizade devo muitas das melhores experiências que tive no início de minha carreira docente da UFF, na década de 1980!
Para saber mais sobre Hagar Espanha Gomes, acesse:
Biblioteconomia, Informação & Tecnologia da Informação
http://www.conexaorio.com/biti/index.htm

Entrevista Hagar Espanha Gomes a Lena Vania Pinheiro
http://dici.ibict.br/archive/00000170/

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